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The Last of Us 1°temporada - Qual é o seu propósito?

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 21 de mar. de 2023
  • 4 min de leitura

Num mundo praticamente acabado e sem perspectivas, ter ou ser propósito talvez seja a única forma de continuar. É meus caros, chegamos ao final da primeira e brilhante temporada de The Last of Us, e é possível afirmar que assistimos a melhor adaptação de games já realizada, o que Neil Druckmann (criador do game), e Craig Mazin realizaram foi uma adaptação que contempla quem jogou, quem só conhece, quem não sabe nada, quem é fã desde sempre, é uma grande série.


Antes de falar sobre a série preciso fazer alguns adendos sobre como eu conheci The Last of Us, meu marido que é o grande fã da franquia, e quando saiu a parte 2 ele comprou rápido obviamente, e me disse que eu iria gostar da história do jogo, e eu apenas me apaixonei por tudo naquele momento. Acompanhava ele jogando, e ficava encantada em como um game tem um drama incrível permeando-o, e quando cheguei ao final já estava rendida pela experiência catártica que é jogar/ver/contemplar The Last of Us.



Sarah (Nico Parker)

Essa história retrata um mundo que quase foi devastado quando um vírus se proliferou muito rapidamente, transformando pessoas e canibais. Neste inicio conhecemos Joel (Pedro Pascal) e sua filha Sarah (Nico Parker), infelizmente enquanto eles tentam sair da cidade Sarah é morta, e isso é o inicio da transformação de Joel, 20 anos se passam e os sobreviventes vivem em zonas de quarentena controladas pelo governo, e Joel juntamente com Tess (Anna Torv) fazem um acordo com os Marlene (Merle Dandridge) – líder dos Vagalumes – para levar a jovem Ellie (Bella Ramsey) para fora da zona de quarentena, porque eles acreditam que como ela é imune ao vírus, em seu sangue possa estar a cura para a humanidade.


Um ponto muito importante e assertivo na série foram as escolhas dos personagens para os episódios, isso porque a grande maioria só está apenas naquele episódio, e neste quesito os criadores foram excepcionais. Começando pela escolha de Sarah, ela entregou uma atuação fantástica, uma química com Pedro Pascal firmada. O primeiro episódio acerta também quando começa dando uma explicação mais abrangente de como seria o mundo com a proliferação de algo não viral, e sim por meio dos fungos, são poucos minutos que já nos colocam diante do quão grave e devastador é o cordyceps.


E logo no segundo episódio eles mais uma vez acertam quando já de cara dão uma explicação plausível e possível de como tudo aconteceu tão rápido, e achei importante eles pontuarem isso de forma coerente na série, já que no game esse ponto não é abordado, e sinceramente acho que para lá isso não se faz necessário. Nos dois primeiros episódios eu destaco como ponto positivo, como eles resolveram de forma coerente, plausível e crível como o fungo se proliferou pelo mundo, e o quão rápido de devastador ele foi. Na estreia eles mostraram uma cena que retrata bem o quanto nos preocupamos com pandemias virais, mas que não estamos preparados para algo diferente, e já no segundo eles explicaram o motivo para a proliferação rápida do cordyceps .



Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett)

The Last of Us é essencialmente um drama, mas teve um episódio que eu não esperava que fosse tão bonito e emocionante, sim estou falando de Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett) esse amor improvável, mas que se tornou motivo para continuar e acreditar, esse episódio é o meu favorito, e para mim foi o que fez Joel entender que apesar de suas dores há um propósito, e mesmo que ele negue tanto, brigue, ou simplesmente não entenda, certas pessoas chegam e viram propósito de vida. Todos os outros episódios que vieram depois no meu ponto de vista, tem como base emocional o como lemos na carta de Frank para Joel, e o caminho até o hospital dos Vagalumes não foi nada fácil, Ellie teve seu resquício de infância arrancado de forma cruel, Joel perdeu pessoas, reencontrou seu irmão, e reviveu sua maior dor da vida, mas o seu saldo final para mim foi mais positivo do que Ellie.



Troy Baker

Para mim todas as mudanças que Neil e Craig fizeram do game para a série foram incríveis, essa diferenciação deu mais peso no quesito drama para toda essa história de Joel e Ellie. Outro ponto que adorei, foi que muitos atores que fizeram as vozes originais do game atuaram na série, destaco o Troy Baker (voz de Joel), que esteve no penúltimo, e acredito o mais tenso episódio da temporada, e claro, Ashley Johnson (voz da Ellie) que na série é a mãe da Ellie, ela aparece apenas no último episódio, mas faz uma cena lindíssima, e que também nos mostra como Ellie é imune ao vírus.

Ashley Johnson


A season finale é praticamente idêntica ao final do jogo, e as decisões que foram tomadas aqui irão impactar o futuro de Joel e Ellie. Ela lutou porque achava que sua imunidade era seu propósito, Joel aceitou levá-la no início por uma bateria, mas com tudo que viveram achou nessa menina a luz para as trevas em que vivia, mas num mundo devastado em todos os sentidos será que há um futuro de paz?




Nota: Mais que excelente, é um prazer ver essa série

Onde Assistir: HBOMax



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