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Ordem - Hugh Howey - muito, mais muito além do Silo 18...

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 1 de jan.
  • 3 min de leitura



No mês passado eu li uma entrevista de Graham Yost, o showrunner da série Silo da Apple TV+, e ele recomendava que as pessoas até comprassem os livros no qual a série se baseia, mas que não lessem por agora. Eu quando li essa entrevista já tinha passado da metade do segundo livro da trilogia – Ordem, e pelo menos para mim era um caminho sem volta deixar o livro para lá, mas tenho alguns pontos que me fazem concordar com Graham, e outros que me fizeram já começar o Legado – último livro da trilogia de Hugh Howey, e nesta resenha eu não irei me aprofundar muito na narrativa do livro justamente para não dar spoiler, ou criar expectativas sobre o que será trazido para a série.


É de conhecimento quase geral que a primeira temporada de Silo adapta apenas menos da metade do livro, portanto a minha ideia era que a segunda temporada que estreou ano passado e se encerra no próximo dia 17 iria nos revelar os outros acontecimentos do primeiro livro, entretanto quando comecei a ver a segunda temporada eu fiquei bem confusa com o ritmo da série, tudo me parecia lento demais, não ia para lugar nenhum, e esse meu sentimento é porquê enquanto assistia essa temporada eu estava me aprofundando nos acontecimentos da Ordem. O segundo livro da trilogia vai nos contar o antes de tudo, e vamos destrinchando todas as decisões sejam elas ruins ou não que levaram uma parcela da humanidade a se abrigarem nesses Silos, e que para se manter 10.000 pessoas presas seria preciso mentiras necessárias, e cruéis para que a humanidade pudesse ser controlada.


Vamos conhecer personagens que criaram os Silos, suas vidas antes de tudo mudar, e como eles foram moldando tudo para que fosse possível essa sobrevivência, mas a que preço tudo isso foi possível? A Ordem é um suspense político, distópico, e que não está com o propósito de tomarmos um lado da história, em todo momento você vai questionando os personagens, mas ao mesmo tempo se pergunta o que você poderia fazer no lugar deles, e o ritmo sem tanta ação, te prende pelos mistérios que você precisa desvendar, e isso é um dos pontos que me atrapalharam quando comecei a segunda temporada da série.


A Apple TV+ adaptou de uma forma muito livre e ampla o que Hugh trabalhou nos livros, o que soa sem importância nos livros, na série é o estopim para coisas relevantes, não há uma adaptação fiel aos eventos dos livros, eu tive várias surpresas ao perceber que estava vendo coisas nesta segunda temporada que estão inseridas na Ordem, mesmo assim com algumas diferenças importantes. E acredito que por Hugh estar na produção da série ele conseguiu dar aval e caminhos para que a expansão fosse crível com o cerne da sua história.

Em a Ordem não há nem tanto sobre Juliette Nichols, vamos de fato nos aprofundar sobre outras pessoas que detém o que é muito valioso para todos que é informações, a verdade que todos buscam é muito relativo, porque quando você acha que descobriu algo, acontece algo que te faz questionar se aquela pessoa realmente te contou a verdade, ou até mesmo o que é verdade?


Num mundo em que tudo que conhecíamos se foi, qual é o conceito de verdade? Para sua sobrevivência o que você seria capaz de fazer? E mesmo quando tudo muda, algumas reações humanas nunca mudam. A Ordem é um livro de baixa ação, e com uma tensão mais filosófica sobre a humanidade, é um mergulho na mente dessas pessoas que deixaram o mundo que conhecemos hoje terminar, e ao recriarem uma nova forma de sociedade ainda seguem cometendo os mesmos erros que levaram ao fim antes, mas será que agora algo freará esses acontecimentos?


P. S. cheguei no Legado – agora que minha curiosidade foi aguçada é difícil não querer ler, mas estou compreendendo mais a série depois do choque inicial, e estou pronta para ver as decisões que Graham, Hugh, Rebecca, e própria Apple TV+ querem para esta história tensa, e que espanta por ser tão próxima da nossa.



Nota: Incrivelmente perto da nossa realidade.

Editora: Intrínseca

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