Eu sou, Celine Dion - um mergulho profundo na SPR, e no amor de uma artista pela sua música
- Janaina Pereira
- 9 de jul. de 2024
- 2 min de leitura

O documentário do Prime Video com Celine Dion é um projeto bem intimista, e muito, muito visceral do ponto de vista da doença rara que a cantora foi diagnosticada, a Síndrome da Pessoa Rígida, ela revelou que tinha a doença em 2022, o documentário dá início nessa declaração, e depois retorna para 1 ano antes. São pequenos e íntimos momentos da cantora entre o tratamento da doença, a vida cotidiana em casa com seus filhos gêmeos, o mundo ainda estava vivendo a pandemia da Covid19, e Celine saia pontualmente para o tratamento, e alguns trabalhos esporádicos.

É tudo filmado de forma privada, vamos literalmente atrás de Celine em tudo que ela está fazendo, desde as brincadeiras com seus filhos, ela explicando detalhadamente as coisas que ela guarda num depósito, como roupas icônicas de shows e premiações, ela lendo a beira da piscina, o carinho no seu cachorro, a fisioterapia, a câmera a acompanha aonde for. E é bom ressaltar que em todos os momentos Celine exala uma elegância quase palpável, ela não é assim apenas por ser famosa, rica, ela é de fato assim, a forma como fala com as pessoas que trabalham com ela, tudo é de fato gentil, e muito elegante.
E quando o documentário volta ao passado mostrando Celine criança ou adolescente notamos que ela sempre foi assim. Seu amor a música é outro ponto bem explorado no documentário, quando Celine fala diretamente para a câmera são os momentos mais emocionantes, a relação que ela tem com a música, o palco, e essa troca genuína com o publico é o que faz Celine ser quem ela é, em 20 minutos do documentário eu já estava bem emocionada com essas declarações dela, e resolvi pausar e continuar o documentário depois.

Quando retornei fui direto, e adianto que assim como a maioria das pessoas que assistiram, eu também fiquei impressionada quando é filmado Celine em crise, esse é o tópico mais sensível de todo o documentário, mas mesmo sabendo que é pesado eu consigo entender o motivo dela ter deixado assim, eu mesma nunca soube dessa síndrome antes de Celine falar sobre, e até esse momento de assistir ao documentário eu não fazia qualquer ideia de que as pessoas sofrem daquela maneira. Foi uma forma chocante e direta de mostrar o que ela passa, e acredito que seja uma forma de trazer luz a essa síndrome que é tão rara, Celine sabe que tem uma visibilidade e que isso faria com que as pessoas falassem e conhecessem mais sobre a Síndrome da Pessoa Rígida.
Celine Dion prova que é uma artista única, e que infelizmente pela doença agora precisa focar na sua saúde, mas sua arte é ela, sua voz ainda está ali, e quando ela canta e sabe que conseguiu é uma emoção que transcende a tela, o documentário pode ser visto como uma esperança para ela, e para todos que em algum momento se emocionam com suas músicas.
Nota: Muito bom e nos dá esperança.
Onde Assistir: Prime Video
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