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Conclave - uma pintura nas telonas, desfecho impactante, trama requentada

  • Foto do escritor: Janaina Pereira
    Janaina Pereira
  • 28 de fev.
  • 2 min de leitura



Adaptado do livro de Robert Harris e dirigido por Edward Berger (Nada de Novo no Front), vamos adentrar ao Vaticano no seu evento mais canônico e secreto do mundo: Conclave – que irá definir um novo Papa para a Igreja Católica, e o responsável por comandar este evento é o Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes), mas ao dar início ao Conclave ele irá se deparar com um jogo de poder perigoso entre os cardeais para estar no mais alto cargo do Catolicismo, corrupções de fé e para além, a pressão do mundo para o novo Pontífice, e seus próprios questionamentos em defender aquilo que acredita.


Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes)
Cardeal Lawrence (Ralph Fiennes)

No início do filme eu me remeti aos livros, filmes do Dan Brown, é inevitável porque já vimos aquele ritual, e um pouco do poder impregnado dentro do Vaticano, temos um final muito bom, atuações impecáveis, mas não vejo Conclave como algo extraordinário.

Na minha opinião temos 3 pontos altos no filme, o primeiro a fotografia, cenas que mostram a grandiosidade do Vaticano, ao mesmo tempo em que deixa o Conclave pequeno, quase claustrofóbico, o contraste de cores das vestes dos Cardeais e os cenários, a beleza indiscutível do Vaticano. O segundo ponto é a atuação de Ralph Fiennes, ele está sempre contido, mas ao longo dos acontecimentos seu olhar, sua expressão corporal vai nos avisando de toda a pressão que ele está sofrendo, é um homem que vive a fé, mas ao deparar-se com os conflitos internos e externos ele se questiona sobre o seu lugar, neste quesito a atuação resoluta do Cardeal Bellini (Stanley Tucci), também impressiona, nas cenas que ele divide com Fiennes temos grandes momentos.


Seu desfecho é o último ponto alto do filme, porque tudo ia caminhando para algo raso e bem previsível, mas nos deparamos com um conflito que vai de encontro a todos os questionamentos abordados sobre fé, religião, o que é de fato ser uma pessoa temente a Deus. Do mais Conclave cai no comum de fato, já vimos aqueles dilemas, e por mais bonito cenicamente que tudo seja feito, todo mundo já viu isso antes, a irmã Agnes (Isabella Rossellini) que ganhou uma indicação a Melhor Atriz Coadjuvante no Oscar é quase um milagre, ela tem 2 cenas que são boas, mas nada, nada de tão incrível, nos demais momentos ela só está passando por perto.


Conclave merece os louros pela intepretação de Ralph e Stanley e sua estética formidável, o Vaticano e seus segredos sempre envolve independente de sua crença, seu final é corajoso e surpreendente, mas a trama bebe das mesmas fontes "sagradas" que já vimos.



Nota: Bom e indiscutivelmente belo.

Onde Assistir: Cinemas

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