A Empregada - que livro instigante, e que você não consegue largar

Comecei a ler A Empregada, de Freida McFadden de uma forma muito despretensiosa, estava no meu kindle já tinha um tempo, e quando me vi uma noite tendo que ficar acordada eu resolvi enfim começar a leitura, e olha depois que você começa fica muito, muito difícil largar sem saber como essa história vai acabar. Vamos conhecer Millie, uma jovem que está buscando um emprego, visto que pelo seu passado ela sabe o quanto é complicado alguém a aceitar, mesmo assim ela se candidata a ser a empregada dos Winchester, um casal rico, bonito, e que tem a vida perfeita, além de Nina e Andrew na casa também mora Cecelia a filha do casal.

E quando surpreendentemente Nina contrata Millie, ela começa a entender que na verdade o emprego que seria dos sonhos pode ser um verdadeiro pesadelo. E assim que Millie muda-se para a casa dos Winchester ela percebe que nada ali será fácil, Nina começa a humilhá-la do nada, ela dá uma ordem e depois diz que nada daquilo aconteceu, a casa amanhece propositadamente suja e desorganizada, e Cece é uma criança extremamente mimada, e que replica o comportamento hostil de sua mãe. Entretanto Andrew parece o único dessa família que trata bem Millie, e ele também sofre com as humilhações da esposa, e cada vez que isso acontece, Millie começa a nutrir uma empatia por tudo que Andrew está vivendo naquela casa.

Fica bem explícito que haverá um interesse de Millie por Andrew, mas o que ninguém da família Winchester desconfia é Millie é uma pessoa capaz de tudo para ter aquilo que ela quer. A Empregada tem 304 páginas que literalmente você devora em poucos dias (no meu caso 3), e não é porque a história seja muito incrível, diferenciada, o grande mérito de Freida McFadden é escrever de forma bem simples, fluída, e vai te dando elementos que vão te intrigando para saber na verdade o que vai acontecer com esses personagens. E os 3 personagens centrais (Nina, Andrew e Millie), são instigantes, eu não consegui criar um vínculo com eles, mas ficava ali lendo, lendo para descobrir se minhas teorias estavam certas.

Posso afirmar que a primeira grande reviravolta da história é previsível, principalmente se você já leu Verity, da Collen Hoover, ou A Outra Sra. Parrish da Liv Constantine, inclusive enquanto li a primeira grande reviravolta do livro me veio A Outra Sra. Parrish na hora, inclusive quando fui colocar A Empregada como lido no Skoob, esses dois livros me apareceram como recomendação. O que me impactou na narrativa foram os acontecimentos finais, algumas descobertas bem no fim são chocantes, e como não há tempo para serem exploradas você só pode imaginar como essas situações começaram, e como tudo isso é o estopim para o que lemos aqui.

Freida McFadden

Freida não fez uma história revolucionária, é algo que já vimos em outros livros, mas a forma como ela conta essa narrativa é muito chamativa, além de duas protagonistas que apesar das diferenças são mulheres fortes, corajosas, dispostas a mudarem de vida, e isso sempre será inspirador. A Empregada já vendeu mais de 400 mil exemplares, e teve os direitos negociados em mais de 33 países, e isso na minha opinião se dá por Freida narrar um thriller instigante, em alguns momentos até bem violento, mas ela o faz isso de forma muito simples, mesmo se você não tem costume de ler esse gênero, a história te prende logo no primeiro capítulo, e não há como ficar impactado com aquele final que nos instiga pela continuação que virá (já está em pré-venda O Segredo da Empregada, – que chega em 05 de janeiro de 2024).

Nota: Não inventou a roda, mas que livro difícil de largar

Editora: Arqueiro